Qual a diferença de aplicação entre ITIL e Cobit?
Como tem sido realizado o gerenciamento de TI no seu negócio? As boas práticas no setor de Tecnologia da Informação são um dos pilares que sustentam os empreendimentos atuais, que dependem da tecnologia para oferecer um atendimento satisfatório aos seus clientes. Nesse contexto, temos o ITIL e o Cobit, que muitas vezes são confundidos um com o outro. No artigo de hoje, você vai entender o que é cada um deles e quais as suas diferenças.
O que é ITIL e Cobit?
Tanto o ITIL quanto o Cobit são frameworks de processos. Ou seja, são duas grandes fontes de referência que reunem as práticas mais indicadas e eficientes do mercado. É como se fossem duas enciclopédias de governança e gestão de serviços de TI, descrevendo que tipo de postura funciona ou não em diversos cenários diferentes.
Esses frameworks são reconhecidos em todo o mercado. Ou seja, ao segui-los, a empresa está direcionando a sua gestão de TI de acordo com padrões de segurança e credibilidade. Isso é essencial para a construção de uma imagem confiável perante o público-alvo e outros parceiros.
Diferenças entre ITIL e Cobit
Sabendo que ITIL e Cobit são ambos frameworks de processos que reúnem as boas práticas para gestão de TI, quais as diferenças entre eles?
O que é o ITIL?
O ITIL é um framework que já existe desde os anos 80, mas continua sendo amplamente utilizado e, inclusive, é atualizado com frequência. Foi criado como uma espécie de guia para empresas de informática e telecomunicações.
O foco principal do ITIL é recomendar as melhores práticas de gestão de TI de acordo com as estratégias do negócio. Por isso, em seus sete volumes, ele aborda pontos como service desk, nível de serviço, capacidade e outros. É bastante direcionado ao cliente, com a ideia de auxiliar a empresa a melhorar a qualidade dos serviços a partir da TI.
Esse framework mostra como a gestão de TI está diretamente relacionada à geração de valor para o empreendimento, podendo contribuir significativamente com esse processo. Por ser bastante extenso e detalhado, ele costuma ser conhecido como “biblioteca”.
O que é o Cobit?
Já o Cobit também é um framework de processos, mas é mais voltado ao TI em si, sem se ocupar da relação entre esse departamento e a melhora dos produtos e serviços da empresa. Logicamente, quando há um aprimoramento na gestão de TI, isso vai repercutir em todos os outros setores. Mas esse não é o foco do Cobit.
Ele pode ser considerado como um guia que orienta a empresa para a gestão completa desse departamento, desde a sua implementação, fiscalização continua, melhorias e acompanhamento do ciclo de vida dos processos de TI. Seus principais objetivos são potencializar a segurança, integridade e confiabilidade da empresa. Para isso, se baseia em quatro pilares:
- Planejamento e organização;
- Aquisição;
- Entrega e suporte;
- Monitoramento.
A empresa pode recorrer ao Cobit para saber como priorizar as suas atividades de TI e identificar quais são os maiores pontos de fragilidade no setor, para então corrigi-los. Afinal, qualquer vulnerabilidade nesse departamento pode colocar em risco dados sensíveis armazenados pela empresa, além de comprometer o andamento de diversos processos. Com o Cobit, é possível evitar esse tipo de problema.
Semelhanças entre eles
Tanto o ITIL quanto o Cobit são documentos que servem de referência para a adoção de melhores práticas de TI e para o aprimoramento delas.
Ambos fornecem diretrizes para que a empresa tenha parâmetros para avaliar se, os processos que seguem atualmente estão adequados ao que se considera serem as melhores práticas.
Outro ponto de similaridade entre os dois frameworks é que eles se baseiam nos pilares da governança de TI. A diferença é que o ITIL se concentra em apenas um deles, o pilar de serviço. Ou seja, como esse setor impacta na qualidade dos serviços. Enquanto isso, o Cobit se concentra em todos: serviço, projeto, nível de desenvolvimento, processo e segurança.
Os dois são essenciais para empresas que querem alcançar excelência técnica e de segurança em seu setor de TI. E eles se complementam, ou seja, o ideal é que ambos sejam utilizados como referência para nortear as atividades de Tecnologia da Informação de forma coordenada. Unidos, seu potencial de aprimorar a governança dessa área é amplificado.
Outras boas práticas de governança de TI
Além de recorrer a esses frameworks, confira outras práticas que o seu negócio pode adotar para alcançar um padrão elevado de governança de TI:
- Estabeleça os objetivos que se pretende alcançar com a gestão de TI. Eles sempre precisam estar alinhados com os objetivos estratégicos da empresa;
- Defina as metas e os indicadores que serão monitorados para acompanhar o andamento das ações adotadas e o retorno que elas estão trazendo;
- Implemente políticas de segurança bem estruturadas, com o intuito de proteger as informações que estão em posse do seu empreendimento;
- Certifique-se de que o seu negócio já está totalmente adequado à Lei Geral de Proteção de Dados;
- Invista na capacitação constante do seu time de TI;
- Organize os fluxos de comunicação interna para que qualquer erro identificado possa ser imediatamente reportado ao profissional ou time com competência para atuar na sua correção;
- Invista em boas ferramentas tecnológicas que auxiliem na automatização de processos operacionais e, consequentemente, permitam que os profissionais se concentrem mais em atividades de caráter estratégico;
- Garanta que as suas práticas de governança de TI estejam alinhadas com as práticas gerais de governança corporativa.
A partir do momento em que a sua empresa adotar tanto o uso do ITIL e Cobit quanto essas outras orientações de governança de TI, certamente ela conseguirá extrair os melhores resultados desse setor. E ainda garantir que ele opere com a segurança necessária para trazer credibilidade ao negócio.
Se você reconhece a importância do aprimoramento constante do seu segmento de TI, lhe convidamos a acompanhar o perfil da Qualitor no Facebook. Em nossos canais, estamos sempre trazendo conteúdo de qualidade e gratuito para auxiliar o trabalho dos gestores.